O ministro da Economia, Paulo Guedes, previu nesta terça-feira (28) que haverá recessão no exterior, assim como aumento da inflação e guerra comercial entre as nações. Ele pediu que os brasileiros não se assustem, porque o país, na opinião do ministro, está entrando em um “ciclo de crescimento”.
“O Brasil está no início de um longo ciclo de crescimento. Não se assustem com o que vem de fora. Lá fora o ambiente ainda vai piorar”, declarou, na abertura do Painel Telebrasil 2022, promovido pela Conexis.
Ele citou a previsão divulgada na semana passada pelo Banco Central de um crescimento da economia de 1,7% neste ano, e estimou que a alta pode ser ainda maior: de cerca de 2% em 2022.
Guedes vê ‘ciclo de crescimento’
De acordo com o ministro, o país está no início de um “longo ciclo” de crescimento, enquanto as nações mais desenvolvidas desaceleram. Isso é motivado, disse Guedes, pelo investimentos já contratados pelo setor privado na economia brasileira, da ordem de R$ 860 bilhões para os próximos dez anos, assim como as reformas econômicas implementadas.
“O Brasil nunca teve isso, um fluxo [de investimentos] do setor privado em todos setores da economia. Desde petróleo, gás natural, minas e energia, até o 5G”, acrescentou.
O ministro também afirmou que, no Brasil, a inflação já está começando a ceder, conforme indicação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – que avaliou nesta semana que “o pior momento” da inflação já passou.
IPI
Após reduzir o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) em 35%, causando perda de competitividade nos produtos da Zona Franca de Manaus, algo que vem sendo discutido na justiça, Guedes afirmou que a ideia do governo é acabar com esse imposto.
O objetivo, explicou, seria gerar uma reindustrialização da economia brasileira neste momento de incertezas no exterior.
“Se reduzirmos o IPI, e nossa ideia é a cabar com o IPI. O IPI desindustrializou o Brasil. Já baixamos 35%. Se continuamos, chegamos a zero. [o IPI] penaliza os mais frágeis, desindustrializa o Brasil. Temos de reduzir esses impostos”, afirmou o ministro.
(Fonte: G1)